Por: Cláudio Mota | Prompte et Sincere

E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21:4

Quanta fragilidade;
Quanta limitação;
Quanto sofrimento;
Quanta tristeza;
Quanta dor.

Quantos motivos e situações, contidos no diminuto ser de barro, que nos fazem irromper em lágrimas;

Discretas;
Doloridas;
Compulsivas;
Incontidas.

Lágrimas que nascem no coração; transbordam através de olhos que se elevam aos céus.

Das dores maiores, nas perdas, nos medos, no luto e, ainda, na presença e influência do pecado, o restolho da velha natureza que insiste em aflorar num coração já liberto, que anseia pelo grande Dia.

Forasteiros que somos, vamos salmodiando os cânticos dos peregrinos, degrau a degrau.

Das profundezas,
nas angústias,
clamando ao Senhor,
em meio à guerras, anunciando a paz;
para os montes ou para as mãos,
nossos olhos fitos Naquele que fez os céus e a terra. O socorro Dele vem.

Ah, se não fosse o Senhor! Ele esteve ao nosso lado.

Com a boca cheia de riso louvamos: Grandes coisas faz o nosso Deus. Lançamos a semente, regada por lágrimas, certos que o júbilo florescerá.

Descansa, ó alma! Espera pelo romper da aurora, ela se aproxima. Feliz serás, tudo ficará bem.

Confia, ó alma! A hora vem chegando!
Irás com Cristo, o teu Senhor, morar.
Sem dor, nem mágoas gozarás cantando
As alegrias do celeste lar!
Descansa, ó alma; agora há pranto e dor;
Depois o gozo, a paz, o céu de amor.
(HNC 156)

Alegrem-se!
Vamos à Casa do Pai!
Ele a edifica para nós! Sigamos em doce e agradável comunhão, com a benção ordenada pelo Senhor.

Do peito, por fim, brota um suspiro que retoma dos soluços a cadência do respirar. As pausas entrecortadas dão lugar à lucidez da esperança, do consolo, da certeza da presença. Ele está conosco todos os dias. Emanuel é o seu nome.

“Não se turbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas!” Disse Jesus!

As lágrimas vão se despedindo pouco a pouco. Salgam o nosso rosto cada vez mais saudosas. Elas sabem que chegará um tempo que não mais retornarão.

Adeus minhas lágrimas. Corram como o orvalho em suas últimas matinais. Escorram!

O choro sobrevive por uma noite, o Sol da Justiça trará um novo amanhecer! O Consolador de Israel voltará!

Ouviremos a sua doce voz a ressoar: “Por que choras”?
Ele nos chamará pelo nome e, então diremos: Mestre!

Maranata, ora vem, Senhor Jesus!

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Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano Rev José Manoel da Conceição JMC. Especialista em Teologia Biblica pelo CPAJ Centro de Pós Graduação Andrew Jumper, Mestrando MDiv pelo CPAJ.

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