Por: Gabriel Araujo Zambon | Prompte et Sincere

Queridos irmãos da comunidade Fitrefiana. Quando me converti, em 1978, na Igreja Presbiteriana de Botafogo, tive a felicidade de ter como Pastor um homem bom, que me ajudou muito a dar os primeiros passos na fé. Somente 15 anos depois, quando a fé reformada me foi apresentada e compreendida, é que entendi que ele era arminiano e tinha um pé no pentecostalismo, mas essas deficiências doutrinárias não excluem o fato de que o meu Pastor tinha um coração compassivo e sabia entender os problemas de um jovem e oferecer consolo. Ele era dentista, mas acabou por fechar o consultório para se dedicar ao pastorado em tempo integral. Numa conversa, me revelou que anos antes, quando estava passando por um período difícil na vida, procurou um amigo médico e pediu-lhe a receita de um tranquilizante. O amigo, não cristão, respondeu mais ou menos assim: “você vive me falando de Jesus, de fé, de paz com Deus e agora vem me pedir tranquilizantes?!” Envergonhado, o Pastor saiu daquele consultório se perguntando: “e agora? O que faço?” Então ele lembrou do hino composto por Lydia Baxter (1809-1874), musicado por William Howard Doane (1832-1915) e traduzido, em 1900, pelo Rev. Benjamim Rufino Duarte (Cabo Verde, 1874 – 1942). Era o hino 447 do Hinário Evangélico, então usado pelas igrejas presbiterianas e o 164 do Hinário Novo Cântico: “Que Precioso Nome!”

Santo nome, incomparável,
Tem Jesus, o amado teu,
Rei dos reis, Senhor eterno,
Deus na terra, Deus no céu.
Nome bom, doce à fé,
Esperança do porvir.
Leva tu contigo o nome
De Jesus, o Salvador,
Este nome dá conforto
Hoje, sempre e onde for.
Este nome leva sempre
Para bem te defender.
Ele é arma ao teu alcance,
Quando o mal te aparecer.

Ele disse, então, que passou a recitar essas estrofes conscientemente, várias vezes ao longo do dia “como se fosse homeopatia”, cada vez que percebia que o estresse ou a angústia, ou os “cuidados deste mundo” (Mt 13.22) se avizinhavam; e descobriu que passou a ter mais consciência das palavras “Eu estou contigo”, do que nunca. Não quero entrar em polêmicas quanto ao uso ou não desses remédios, mas somente dizer aos irmãos o que eu mesmo aprendi com meu Pastor. Creio que foi Spurgeon que disse que, de tempos em tempos, ele amava ouvir, mais uma vez, a simples mensagem do Evangelho, ouvir falar, ainda mais uma vez, de Jesus e de seu amor pelos pecadores, como na primeira vez que ele, ainda jovem, ouviu um simples pregador proferir as palavras: “olhai para mim e sede salvos.” (Is 45.22).

É assim que eu me sinto: um grande privilegiado pela permissão que tenho de invocar esse Nome exaltado sobremaneira, o nome que está acima de todos os outros nomes, diante do qual todo joelho se dobrará. Todas as preciosas doutrinas que estudamos e pregamos pavimentam o caminho que leva a Ele. Elas lembram “eu sou feitura, Tu és o autor”. Jesus Cristo, Senhor dos senhores, Deus dos deuses, o governante supremo e absoluto. E eu tenho permissão para proferi-lo: Jesus! “Ele é tudo pra mim, ele é tudo pra mim / Ele é o tesouro que eu tenho guardado no peito / Ele é tudo pra mim.”

Senhor vem ficar comigo
Atende ao anseio meu
Senhor um só olhar Teu já me salva
Jesus! Jesus! Jesus!

Só de pronunciar o teu nome
Os meus medos se vão
Minha dor, meu sofrer
Pois de paz tu inundas meu ser
Jesus
Que doce nome
Que transforma em alegria
O meu triste coração
Jesus
Só o teu nome
É capaz de dar ao homem salvação
Jesus! Jesus! Jesus!
Um feliz dia do Senhor!

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Membro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Francisco Beltrão, PR, Brasil, 2016-atual.

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