Por: César Miranda dos Santos | Prompte et Sincere
“…prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).
A fim de encorajar, orientar e estimular os irmãos da Igreja de Filipos, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, usa uma maravilhosa alegoria da corrida. Nesse verso Paulo fala de um alvo. Nos tempos antigos este alvo era colocado no final da pista, poderia ser uma pilastra ou uma coluna de pedra. Ele direcionava e orientava a carreira dos corredores.
Nosso alvo é Cristo, seu modelo de vida santa, de amor abnegado, que conhecia a vontade do Pai e a obedeceu perfeitamente. Esta santidade de vida deve ser nosso alvo, é para ela que devemos olhar, ela deve nos orientar como alvo ou diretriz.
Ao final da corrida antiga, a vitória era celebrada com uma coroa de louros, além de prêmios adicionais em Atenas, como 500 dracmas, alimentação por conta do governo e assentos privilegiados nos teatros.
Mas, qual é o prêmio em nossa corrida espiritual? Para os regenerados e crentes em Cristo, estão garantidos:
– Bênçãos na presente vida e a provisão da parte do Pai (não necessariamente segundo o que nós queremos, mas segundo o que Deus sabe que é melhor para nós). Em Fp 4.19 vemos: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”. Deus certamente suprirá nossas necessidades, mas nem sempre satisfará nossas vontades.
– Resposta a oração. Encontramos no Salmo 34.15 -16: “Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor. O rosto do SENHOR está contra os que praticam o mal, para lhes extirpar da terra a memória”. É necessária intimidade com o Senhor, sintonia com a sua vontade e a evidencia real de amor a Ele (obediência), para que nosso clamor, pedidos e suplicas sejam ouvidos. Mas podemos ter a confiança de que muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.
– Salvação e santificação. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou (Rm 8.30).
– Maravilhas do porvir. Sabemos que haverá novo céu e nova terra, já não haverá mais enfermidade ou morte. Nossos corpos serão transformados, da atual forma corruptível, para uma forma incorruptível e o pecado não mais nos assediará. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15:54). Paulo lembra: “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1Co 2.9).
– Galardão. A Palavra nos instrui que com uma vida que busque em primeiro lugar glorificar a Deus, obedecendo seus preceitos, pregando sua Palavra e com a prática de boas obras, de forma abnegada, ajuntaremos um tesouro nos céus. “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo” (Lc 6:35a). “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada” (1Co 9.16,17).
– O reencontro com o noivo. “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem- aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas” (Ap 22:12-14).
Que o conhecimento do alvo e do prêmio da soberana vocação nos encoraje, fortaleça e estimule na caminhada cristão e na carreira da fé, para a glória de Deus, amém!
