Por: Ulisses Horta Simões | Prompte et Sincere
“Saí nu do ventre de minha mãe, e nu partirei. O Senhor deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1.21, NVI)
O personagem bíblico Jó é impressionante e também me constrange. Ele perdeu seus bens, filhos, saúde e, socialmente falando, o que muitos considerariam erroneamente sua dignidade. No entanto, Jó não culpou Deus por suas adversidades. Ele se manteve sem pecado até aquele momento. Em meio a tais provações, ele se humilhou e adorou a Deus com profunda resignação.
Em muitos aspectos, somos parecidos com Jó: estamos sujeitos a perdas—que, na verdade, não são perdas, mas presentes temporários de Deus durante nossa vida. Também estamos sujeitos a ser vistos com desprezo por outros, mas, afinal, que dignidade própria realmente possuímos? Como seres humanos, não trazemos nada ao nascer, e nada levamos ao partir deste mundo.
Agora, reflita comigo: como é nossa atitude comparada à de Jó? Somos resignados, ou achamos que enfrentamos circunstâncias imerecidas? Mantemos a inocência em tempos de adversidade? Ou será que nossas palavras, pensamentos e sentimentos transgridem a lei de Deus? Será que sabemos claramente de quem é a culpa por nossas frustrações e angústias, ou, no fundo, guardamos ressentimentos contra o Criador, o Todo-Poderoso, o Todo-Santo e Todo-Justo?
Cada vez que enfrento circunstâncias desagradáveis, vejo uma oportunidade para um exercício espiritual valioso. Penso em Jó e em Jesus. Esforço-me para manter minha mente pura, evitando pecar e pensar que Deus tem sido injusto comigo ou com outros. Busco exercitar a resignação diante do Senhor, o que não é fácil! Reconheço que para Jó foi ainda mais desafiador; e para Jesus, infinitamente mais. Mesmo assim, persisto no exercício.
Te convido a se juntar a mim nesta “academia espiritual” diariamente!